sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Rotina

Desperta, rola na cama durante um tempo.
Levanta, anda vagarosamente pela casa.
Sente, a água em cada parte de seu corpo.
E o tempo passa.

Sai de casa, demora horas no trânsito.
Chega, cumprimenta conhecidos.
Olha para o relógio contando ponteiros.
E o dia passa.

Fala, sobre o que vier a cabeça.
Diverte-se, sabendo sobre vida alheia.
Espera, compromissos futuros.
E a semana passa.

Ama, seja em pensamento ou em ação.
Faz, grandes planos para o amanhã.
Anseia, a conclusão dos mesmos.
E o mês passa.

Retorna, o céu mudou de cor.
Descansa, a água passa em cada parte de seu corpo.
Boceja, andando vagarosamente pela casa.
Dorme, após rolar na cama durante um tempo.
E o ano passa.



quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Já dizia a canção...

"Eu aflito e só..."
Já dizia a canção,
Mas na verdade não,
Pelo menos não a parte da aflição,
Pois vejo certa beleza na solidão.

São nesses momentos que você reflete
Se conhece e se compreende,
Pois a unica pessoa para conversar e analisar, é si mesmo.

Nessas horas nossa criatividade aumenta,
Nossa mente nos leva ao além do infinito,
Palavra que tanto gosto,
Onde não há barreiras do que se pode ou o que se deve.

Todos tem um instante de solidão,
Seja o mais amável, o mais sociável
Ou mesmo o casal que partilha a mesma cama,
A menos que consigam a proeza de dormirem ao mesmo tempo,
Pois quando fecham os olhos, imergem no profundo mar de pensamentos
Onde seu amado(a) não pode entrar.

Não pense que meu lugar perfeito é aquele
Em que pessoas vivem isoladas, solitárias,
Mas sim aquele em que as mesmas não encaram a solidão
Como o fim do mundo e sim como uma outra visão dele.






quinta-feira, 11 de julho de 2013

Pequena reflexão 4

Sempre tive uma admiração pelo céu. Seja nos dias claros com o majestoso sol, seja nas noites escuras com a elegante lua, o céu me passa uma sensação de paz e humildade. Me lembra que somos apenas um ponto na vastidão, que tudo a nossa volta e acima de nós continuará acontecendo não importa o que façamos.
No meio da rápida vida olho para o céu e vejo as nuvens preguiçosas se movendo lentamente, que inveja tenho delas. Quando olho para noite fico deslumbrado com as estrelas, pontos luminosos perdidos na infinitude da escuridão, aparentando terem sido colocadas estrategicamente, como se alguém fosse encostando o dedo melado de tinta numa grande tela negra.
Se possível passo horas olhando para cima, vejo formas, pessoas, o grande sorriso da lua minguante, o poder da cheia e a timidez da nova. Tudo isso sem falar do harmônico momento da mudança, o pôr e o nascer do sol, onde as cores dançam e se misturam no céu criando uma pintura viva todos os dias. Não sei se mais alguém para ou pensa nesses pequenos detalhes do dia a dia, mas sei que os dias ficam muito melhores com eles.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Talvez sim, talvez não

Idéias inacabadas,
Jogadas ao léu, perdidas no tempo
Não por serem ruins, nem por não terem continuidade
Mas por falarem da mesma coisa.
Sempre.

Quem sabe se junta-las?
Talvez façam algum sentido ou fiquem diferentes,
Não falem da melancolia ou da alegria
De um mesmo tema. Porque toda vez elas
Falam.

Mas não, não tem sentido, nem lógica,
Ficam confusas, estranhas, como esse texto,
Um diálogo intrapessoal exposto a todos.
Louco! Isso é o que pensam
Sobre. 
Mim.

Talvez sim, talvez não
Talvez vieram aqui em busca de um texto sobre o tal tema,
Talvez nem entram justamente por isso.
Pelo menos dessa vez a situação é diferente,
Ou não, porque de um jeito ou de outro sempre há
Amor.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Invisível...

O homem sentou em um banco,
Sem nada marcante, só era o banco mais próximo
E ele percebeu que havia se tornado invisível,
Tinha se tornado parte daquela paisagem.
Apesar de tentar sair e não gostar daquilo,
Ele acabou, por fim, achando interessante.

Olhou para as árvores que estavam perto,
Sentiu a brisa do vento da quase noite,
Ouviu o barulho das coisas em volta,
Olhou até o movimento dos insetos!

Pode perceber a vida dos passantes,
Perceber detalhes que antes não tinha notado,
Ninguém se importava com ele os olhando,
Pois era invisível naquele fim de tarde
Em que todos corriam para seus destinos.

Viu conhecidos, desconhecidos
E desconhecidos que conhecia.
Uns iam depressa para suas casas,
Outros chegavam já querendo voltar,
Alguns sorriam e riam com seus amigos,
Alguns só passavam em solidão.

O homem pensou em falar com quem conhecia,
Saudar com um "oi" ou acenar,
Mas achou mais interessante continuar invisível
Porque não saberia quando poderia conhecer tanto
Sobre tais pessoas que desconhecia.

Após muito tempo ele levantou e olhou em volta,
No mundo corrido que estava inserido,
E se perguntou o que acontecia com todos
Por não perceberem as pequenas belezas do cotidiano.


  

terça-feira, 7 de maio de 2013

O fim das letras - Por Iury Figueiredo

Ps.: Como esses dias eu inventei de ser crítico ao invés de reflexivo e fiz um artigo, que foi publicado no Hiperfone (desconsiderem as imagens, ideia do Iury kkk), nada mais justo que publicar as andanças do Iury pelo mundo da poesia/poema/ eu nunca sei qual é ao certo aqui, então curtam ai!


E se não houvesse escrita?
E se eu não soubesse escrever?
O que seria de mim?
Como descreveria você?

Não haveria o médico
E sumiria o direito,
O que dirá a justiça?
Seria o caos no mundo.
Uma Terra com defeito.

Ainda haveria emoção,
Mas morrera a expressão.
O poeta cairia, então
O homem na escuridão.

No fim seria tudo vazio
Sentaríamos e veríamos os fios
Do texto, tecido, traçado
Destruído, sumido, queimado.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Uma luz...

No escuro havia uma luz.
Pequena no momento, mas que podia crescer
Caso fosse alimentada ou se houvesse
Ao menos a intenção de alimenta-lá.

Uma luz estranha essa
Certas vezes crescia quando chovia,
Certas vezes, a maioria na verdade, diminuía.
Mas mesmo que seu dono pensasse que não
Sempre estava lá, nunca sumia.

Por tempos a luz tomava uma forma,
Seja de alguém, seja de alguma coisa,
E crescia, crescia tanto que a escuridão sumia.
As duas, luz e escuridão, apesar disso vivem numa harmonia.

Por tempos a luz era tampada,
Tentavam extingui-la, sufoca-la,
Porém ela sempre escapava, nem que por pequenos furos
Ou pequenos instantes.

Surgia para lembrar seu dono que estava ali,
Que continuava ali e que só precisava de uma força,
De uma ajuda, de um riso, um sorriso,
Uma boa companhia e voltaria a ser o que era.

Mas seu dono não a ouvia,
Por pensar que não mais a tinha.
Ela esperava até a próxima oportunidade,
Pois uma hora ele lembraria que estava ali
Uma luz chamada Felicidade...



domingo, 28 de abril de 2013

Sem noção...

Sem noção de realidade,
Sem noção da verdade,
Sem noção do que fazer,
Sem noção do que aprender.

Perdido entre ideias, achismos,
Sentidos, realismos.
Vislumbrado com o outro mundo,
Com as novas possibilidades.

Era tudo muito grandioso, muito novo
E lá estava ele olhando para tudo isso.
Tanto a se fazer, a se descobrir,
Mas isso o cansou...

Cansado de pensar, de ao menos tentar,
Sentou-se de costas a tudo
E simplesmente disse que tudo era anormal,
Que era errado e nunca daria certo.
Mas na verdade era só o caminho mais fácil.

sábado, 27 de abril de 2013

Que você veja...

Queria te entender.
Pelo menos um pouco,
Pelo menos o suficiente.

Pois tudo conspira para o sim,
Mas você insiste no não.
Porque você prefere sofrer
Que se entregar, do que tentar.

De nada adianta tanto querer,
Se quando acontece tu rejeitas.
Se lamurias amores perdidos,
Renegando a viver novos.

Relembre o passado,
Mas viva o presente.
Pena que você mistura e às vezes
Vive o passado no presente,
Só para sofrer depois.

Cansei de tentar abrir teus olhos,
De tentar te fazer enxergar tua beleza,
Que não consegue ver por tanto se rebaixar
Para outros que não também não veem.

Não sei quem verá esse texto,
Quem se identificará com ele,
Mas espero, só espero,
Que você veja...

sábado, 6 de abril de 2013

A small collage of love songs - 2

Tá chegando a hora de te encontrar
E eu não sei como vou falar pra você.
Hoje eu quis brincar de ter ciúme de você,
Mas sem porque meu coração me avisou que não.
É simples desse jeito, quando se encolhe o peito
E finge não haver competição.

Porém há algo no jeito que ela se move que
Me atrai como nenhum outro amor,
Ela  flutua como uma pena em um mundo maravilhoso,
Eu quero que perceba quando eu não estiver por perto
Mesmo que eu siga em frente um dia vou te levar,
Mas não vá.

Porque é você, só você
Que na vida vai comigo agora
Nós dois na floresta e no salão
Nada mais.
E então ela disse adeus, e chorou,
Já sem nenhum sinal de amor.
Outro amor se acabou.

Você olhou, fez que não me viu
Foi como se eu não estivesse ali 
Vai ver que a confusão
Fui eu que fiz, fui eu
E eu ainda penso nela
Mas ela já não pensa mais em mim
Em mim não...





quarta-feira, 3 de abril de 2013

Um nascer e não um pôr...

Deitados na grama molhada de orvalho,
Olhando um nascer e não um pôr do sol,
Sob um céu que ainda decide se é escuro ou claro,
Os dois, quatro, dez, não importam quantos
Pois não se viam ou não se percebiam,
Admiravam tal pintura natural.

Ele olha para ela e a vê dormindo.
Seus olhos tão lindos guardados,
Tal qual como seu sorriso,
E apesar dela tanto falar sobre como ficava feia
Ele sempre a achava linda daquele jeito.

Aquela olhava para aquele,
Olhar não é bem o verbo certo,
Afinal beijos de olhos abertos são estranhos.
O outro olhava para o céu,
Com o braço servindo de apoio para a outra,
Que o abraçava deitada de lado.

Mais adiante tinham mais dois,
Que apontavam maravilhados para o alto,
Impressionados com a beleza que lhes era apresentada.
E cada um com sua reação, sua feição,
Olhando algo tão comum,
Mas que na correira dos novos tempos se tornou extraordinário.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Palavras...

Sento em frente a tela,
Um fundo branco espera palavras,
Palavras que expressem o que ocorre em minha mente,
Que transcorrem para os dedos e surgem no papel.

Mas elas fogem e como correm!
Em busca delas sigo, mas as danadas não querem vir.
Necessito delas, mas pouco as importa o que me ocorre,
Tem vontades que não batem com as minhas.

Imploro que voltem, me ajudem, me deixem usá-las,
Mas tem certas coisas que palavras não expressam.
Por mais que se tente, por mais que se escreva
Elas não encaixam, não traduzem, não interessam.

Todas as palavras do mundo e não valem nada,
Não dizem nada, só ficam juntas formando algo.
Se diz que uma imagem vale por mil palavras,
Porém achar tal imagem é que é o problema.

E se tal afirmação é verdadeira,
Quanto será que vale uma atitude?
Essa é uma boa pergunta.
Acho que pedirei licença agora,
Pois perguntas nasceram para serem respondidas.
Então se palavras não expressam, acho que terei eu mesmo que fazer tal coisa.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Cuidado...

Corro de um lado para o outro,
Crio muro, barreiras, barricadas.
Cerco de cuidados, de proteções
Acho que não falta nada...

"Falta afeto!"
Não, isso que faço é o afeto,
Pelo menos aprendi assim,
Mas parece que está errado...

Acho que agora está perfeito,
Me acalmo, descanso, trabalho feito!
Logo algo incomoda, se transforma,
Tem alguma coisa errada...

Percebi! Infelizmente, mas percebi.
As barreiras que protegeriam, na verdade prende.
Os cuidados que demostravam carinho, sufocam.
E realmente faltava afeto.

Desfaço tudo, melhor deixar do jeito que sempre foi,
Porém virei vítima do meu próprio cuidado...


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Pequena reflexão 3

Algumas vezes quando sento em frente ao computador e sinto que devo escrever algum texto, me bate uma incerteza sobre se devo escrever ou não, afinal muitas vezes os temas são os mesmos e quando enfim decido escrever saem coisas diferentes, uma outra forma de ver um mesmo assunto só que me incomodava mesmo assim. Mas hoje eu percebi uma coisa, que fez mudar meu ver sobre isso, presenciei uma situação que acontece muito em filmes, livros, imagens, etc que eu nunca pensei que veria na "vida real", percebi então que a vida é isso: Um ciclo de situações iguais porém diferentes, uma peça encenada de tempos em tempos (Que sabe até ao mesmo tempo?) por "atores" diferentes, o que muda é como cada um encara o que acontece e toda a situação em volta desse acontecimento. Para quem estiver achando dificil entender, pense assim: Se eu vou falar sobre amor e no momento estiver triste falarei com um ar pessimista, falando das mazelas de amar e coisas assim, mas se eu estiver feliz falarei das delicias e das alegrias de viver tal sentimento. Enfim, entendi que nunca se acaba as formas de se falar sobre o que se sente, nunca se acaba as formas de se mostrar o que sente e mesmo que seja tão igual a tantos outros, vai ser do seu jeito, vai ser simplesmente diferente.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Um homem...

No meio do nada
Um homem sentado na escada,
Parecendo refletir sobre a vida
Mas na verdade está com a cabeça vazia.

Eis que no meio de nada surge um ponto,
Nem grande nem pequeno, só um ponto.
O homem levanta ao vê-lo, chega bem perto
E o toca.

Ao toca-lo o ponto cresce, cresce absoluto
De repente nada vira tudo,
E agora o homem tudo sabe, tudo vê, tudo percebe.
Ele chega próximo de ser um deus.

Vendo tudo, sabendo tudo, olhando a imensidão
Ele coça a cabeça confuso,
E diz: Não estou entendendo nada!
Enfim, ele era só mais um homem.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Rimas...

Senti falta de rimas
Daquelas bem finas,
Que deixam seu texto com lirismo
Não importando se há realismo.

Em belas estrofes de quatro versos
Com todo um sentimentalismo imerso,
Expressando toda a situação
Como se fosse trecho de uma canção.

Sim, senti falta de rimas
Daquelas que deixam o texto bem pra cima,
Mesmo falando da morte ou da tristeza
Tudo parece ter mais leveza.

Quando lemos tais passagens
Tudo aparece em belas imagens,
Que trazem paz e harmonia
E nos levam ao céu, tão leves de alegria.

Por isso senti falta das rimas
Usarem agora as findas,
Todas iguais e infindas
E talvez não faça sentindo o que escrevi, mas tiveram rimas.


sábado, 9 de fevereiro de 2013

Pegadas...

Debaixo de um céu azul, azul até demais,
Ao lado de um mar com som suave das ondas,
Pegadas na areia de dois pés.
E a cabeça dona deles numa distância muito maior
Que só um corpo, nas nuvens.

Tempos depois, 
Debaixo de um céu laranja, as vezes vermelho,
Ao lado de um sol se despedindo,
As pegadas de dois viraram de quatro, duas marcando fundo
E duas quase que não marcam de tão leves,
E as cabeças donas dos pés numa distância menor 
Que um corpo, e sim de braços entrelaçados.

As pegadas surgiram separadas em um tapete,
Num ambiente cercado de flores e pessoas felizes,
Primeiro as mais pesadas, depois as mais leves,
Quase sendo varridas pelo longo vestido branco que as segue.
E que se encontraram novamente em frente ao homem da lei,
Seja de Deus, seja dos homens.

Tempos depois,
Debaixo de um lindo céu da manhã, Quase branco,
Ao lado de um sol saudando todos,
As pegadas viraram de seis, agora com pequenas no meio,
Com o tempo essas pegadas cresceram, até que um dia
Voltaram a ser quatro, e assim foi até que se tornaram duas.


Então, debaixo de um céu azul, azul até demais,
Ao lado de um mar com som suave das ondas,
Pegadas na areia de dois pés.
E a cabeça dona deles numa distância muito maior
Que só um corpo, nas nuvens...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O velho novo começo....

E lá vamos nós outra vez, mas um começo, um recomeço, uma nova chance, repleta de ansiedade e esperança, uma chuva de promessas feitas, um pequeno fenômeno chamado "Primeiro dia de aula". "Dessa vez, estudarei mais" dizem uns, "Dessa vez serei diferente" dizem outros ou os mesmos, todos confiam nesse novo tempo, nesse novo momento, mas eis que surge a grande questão: O tempo é o mesmo, Janeiro é o mesmo Janeiro do ano passado, e do retrasado e do outro, e do outro... Tudo continua exatamente como sempre esteve, você continua vendo os mesmos rostos, as mesmas pessoas mesmo você querendo ou não. A Terra girando em volta de si vagarosamente dizendo: "Vamos! Faça algo de interessante, mude! Estou rodando tão lentamente pra te dar tempo."
Mas muitos não percebem isso, ficam ansiosamente esperando pelo novo tempo, esperando que ele faça algo, que ele aja a seu favor, mas o tempo ora, é traiçoeiro e a única coisa que faz é tirar suas oportunidades. E com o passar dos dias, a frustração aparece, pois nada acontece e tudo é mais do mesmo.  Porque a mudança, bem ela tem que partir do ser humano, ele que tem que acordar e dizer, seja no primeiro ou no último dia, "Vamos tentar algo novo, vamos mudar aquilo que nunca mudou, vamos ser imprevisíveis!". Porque o tempo é o mesmo, as pessoas são as mesmas (Com algumas novidades) mas você é diferente e bem, isso já é muito mais que o bastante!