sábado, 9 de fevereiro de 2013

Pegadas...

Debaixo de um céu azul, azul até demais,
Ao lado de um mar com som suave das ondas,
Pegadas na areia de dois pés.
E a cabeça dona deles numa distância muito maior
Que só um corpo, nas nuvens.

Tempos depois, 
Debaixo de um céu laranja, as vezes vermelho,
Ao lado de um sol se despedindo,
As pegadas de dois viraram de quatro, duas marcando fundo
E duas quase que não marcam de tão leves,
E as cabeças donas dos pés numa distância menor 
Que um corpo, e sim de braços entrelaçados.

As pegadas surgiram separadas em um tapete,
Num ambiente cercado de flores e pessoas felizes,
Primeiro as mais pesadas, depois as mais leves,
Quase sendo varridas pelo longo vestido branco que as segue.
E que se encontraram novamente em frente ao homem da lei,
Seja de Deus, seja dos homens.

Tempos depois,
Debaixo de um lindo céu da manhã, Quase branco,
Ao lado de um sol saudando todos,
As pegadas viraram de seis, agora com pequenas no meio,
Com o tempo essas pegadas cresceram, até que um dia
Voltaram a ser quatro, e assim foi até que se tornaram duas.


Então, debaixo de um céu azul, azul até demais,
Ao lado de um mar com som suave das ondas,
Pegadas na areia de dois pés.
E a cabeça dona deles numa distância muito maior
Que só um corpo, nas nuvens...

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