segunda-feira, 29 de abril de 2013

Uma luz...

No escuro havia uma luz.
Pequena no momento, mas que podia crescer
Caso fosse alimentada ou se houvesse
Ao menos a intenção de alimenta-lá.

Uma luz estranha essa
Certas vezes crescia quando chovia,
Certas vezes, a maioria na verdade, diminuía.
Mas mesmo que seu dono pensasse que não
Sempre estava lá, nunca sumia.

Por tempos a luz tomava uma forma,
Seja de alguém, seja de alguma coisa,
E crescia, crescia tanto que a escuridão sumia.
As duas, luz e escuridão, apesar disso vivem numa harmonia.

Por tempos a luz era tampada,
Tentavam extingui-la, sufoca-la,
Porém ela sempre escapava, nem que por pequenos furos
Ou pequenos instantes.

Surgia para lembrar seu dono que estava ali,
Que continuava ali e que só precisava de uma força,
De uma ajuda, de um riso, um sorriso,
Uma boa companhia e voltaria a ser o que era.

Mas seu dono não a ouvia,
Por pensar que não mais a tinha.
Ela esperava até a próxima oportunidade,
Pois uma hora ele lembraria que estava ali
Uma luz chamada Felicidade...



domingo, 28 de abril de 2013

Sem noção...

Sem noção de realidade,
Sem noção da verdade,
Sem noção do que fazer,
Sem noção do que aprender.

Perdido entre ideias, achismos,
Sentidos, realismos.
Vislumbrado com o outro mundo,
Com as novas possibilidades.

Era tudo muito grandioso, muito novo
E lá estava ele olhando para tudo isso.
Tanto a se fazer, a se descobrir,
Mas isso o cansou...

Cansado de pensar, de ao menos tentar,
Sentou-se de costas a tudo
E simplesmente disse que tudo era anormal,
Que era errado e nunca daria certo.
Mas na verdade era só o caminho mais fácil.

sábado, 27 de abril de 2013

Que você veja...

Queria te entender.
Pelo menos um pouco,
Pelo menos o suficiente.

Pois tudo conspira para o sim,
Mas você insiste no não.
Porque você prefere sofrer
Que se entregar, do que tentar.

De nada adianta tanto querer,
Se quando acontece tu rejeitas.
Se lamurias amores perdidos,
Renegando a viver novos.

Relembre o passado,
Mas viva o presente.
Pena que você mistura e às vezes
Vive o passado no presente,
Só para sofrer depois.

Cansei de tentar abrir teus olhos,
De tentar te fazer enxergar tua beleza,
Que não consegue ver por tanto se rebaixar
Para outros que não também não veem.

Não sei quem verá esse texto,
Quem se identificará com ele,
Mas espero, só espero,
Que você veja...

sábado, 6 de abril de 2013

A small collage of love songs - 2

Tá chegando a hora de te encontrar
E eu não sei como vou falar pra você.
Hoje eu quis brincar de ter ciúme de você,
Mas sem porque meu coração me avisou que não.
É simples desse jeito, quando se encolhe o peito
E finge não haver competição.

Porém há algo no jeito que ela se move que
Me atrai como nenhum outro amor,
Ela  flutua como uma pena em um mundo maravilhoso,
Eu quero que perceba quando eu não estiver por perto
Mesmo que eu siga em frente um dia vou te levar,
Mas não vá.

Porque é você, só você
Que na vida vai comigo agora
Nós dois na floresta e no salão
Nada mais.
E então ela disse adeus, e chorou,
Já sem nenhum sinal de amor.
Outro amor se acabou.

Você olhou, fez que não me viu
Foi como se eu não estivesse ali 
Vai ver que a confusão
Fui eu que fiz, fui eu
E eu ainda penso nela
Mas ela já não pensa mais em mim
Em mim não...





quarta-feira, 3 de abril de 2013

Um nascer e não um pôr...

Deitados na grama molhada de orvalho,
Olhando um nascer e não um pôr do sol,
Sob um céu que ainda decide se é escuro ou claro,
Os dois, quatro, dez, não importam quantos
Pois não se viam ou não se percebiam,
Admiravam tal pintura natural.

Ele olha para ela e a vê dormindo.
Seus olhos tão lindos guardados,
Tal qual como seu sorriso,
E apesar dela tanto falar sobre como ficava feia
Ele sempre a achava linda daquele jeito.

Aquela olhava para aquele,
Olhar não é bem o verbo certo,
Afinal beijos de olhos abertos são estranhos.
O outro olhava para o céu,
Com o braço servindo de apoio para a outra,
Que o abraçava deitada de lado.

Mais adiante tinham mais dois,
Que apontavam maravilhados para o alto,
Impressionados com a beleza que lhes era apresentada.
E cada um com sua reação, sua feição,
Olhando algo tão comum,
Mas que na correira dos novos tempos se tornou extraordinário.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Palavras...

Sento em frente a tela,
Um fundo branco espera palavras,
Palavras que expressem o que ocorre em minha mente,
Que transcorrem para os dedos e surgem no papel.

Mas elas fogem e como correm!
Em busca delas sigo, mas as danadas não querem vir.
Necessito delas, mas pouco as importa o que me ocorre,
Tem vontades que não batem com as minhas.

Imploro que voltem, me ajudem, me deixem usá-las,
Mas tem certas coisas que palavras não expressam.
Por mais que se tente, por mais que se escreva
Elas não encaixam, não traduzem, não interessam.

Todas as palavras do mundo e não valem nada,
Não dizem nada, só ficam juntas formando algo.
Se diz que uma imagem vale por mil palavras,
Porém achar tal imagem é que é o problema.

E se tal afirmação é verdadeira,
Quanto será que vale uma atitude?
Essa é uma boa pergunta.
Acho que pedirei licença agora,
Pois perguntas nasceram para serem respondidas.
Então se palavras não expressam, acho que terei eu mesmo que fazer tal coisa.